Nota de falecimento – Grão Mestre Marcílio Nogueira

É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do Grão Mestre Marcílio Nogueira, ocorrido às 18:30h do dia 31/03/2024, vítima de ataque cardíaco.

Mestre Marcílio fez parte da formação da primeira turma de faixas pretas do Brasil, sob coordenação do Grão Mestre Park Sung Jae em janeiro de 1973.

É considerado o faixa preta há mais tempo em atividade no Brasil, já que nunca parou de praticar e ensinar.

Mestre Marcílio deixa um grande e forte legado de ensinamentos através de centenas de alunos e amigos que levarão suas técnicas adiante.

Grão Mestre Marcílio Nogueira, 9° dan

Graduação – mestre Ranulfo Amorim Bezerra

No dia 23/11/2024, o mestre Ranulfo Amorim Bezerra foi homenageado e agraciado com a graduação de 6° Dan pelo Grão Mestre Marcílio Nogueira, em evento que contou com a presença do mestre Alfredo (de Peruíbe), Carlos Feliciano, De Paula, Fábio Jacinto, Carlos Francisco, entre outros.

Parabéns ao mestre Ranulfo e sua história dentro do Hapkido!

Nota de falecimento – Grão Mestre Park Sung Jae

É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do Grão Mestre Park Sung Jae, ocorrido no dia 16 de outubro de 2023.
Introdutor da nossa linhagem de Hapkido no Brasil, seu empenho encontrou em nosso país solo fértil para que a semente do Hapkido crescesse forte.
Honraremos sempre sua memória, com profundo respeito e gratidão pelo autêntico Hapkido a nós ensinado com dedicação por mais de 5 décadas.
Muito obrigado por tudo, e até algum dia!
Kamisá Hamnidá!
Hapki!

Destrinchando o kihap

O nosso grito ao aplicar os golpes (ki-ai em japonês e ki-hap em coreano) deve surgir do baixo abdômen (tan-dion), onde se origina/trabalha o ki.

O grito cru e simples, saindo dos pulmões para as cordas vocais apenas nos desgasta e nos leva a cansar mais rápido.

O nosso ki-hap deve ser emitido como se tomássemos um soco na barriga, ou seja, contraindo essa região e soltando o ar juntamente.

Além do efeito psicológico que faz o oponente assustar ao ouvir o grito repentino e inesperado (e provavelmente abrir alguma brecha para encaixarmos o nosso golpe), o ki-hap serve para unir/harmonizar o ki, como o próprio termo diz em sua tradução literal, à aplicação do golpe, por isso deve ser simultâneo.

O grito pós-golpe não age no oponente, apenas exercita e circula o nosso ki em nós mesmos.
Saber utilizar o ki e o ki-hap corretamente é extremamente necessário para um praticante de Hapkido tornar seus golpes mais efetivos.

É importante passar essa consciência para os alunos, já que muitos não emitem o ki-hap por esquecimento ou timidez, e muita vezes o emitem errado, partindo da garganta, o que não é adequado.

Homenagem ao Mestre Diniz

Mestre Luís Torres Diniz, fundador da Associação Jinsil de Hapkido

Infelizmente, meu amigo e aluno, Mestre Diniz, não resistiu ao enfarte que o vitimou em 27 de setembro de 2020. Elaborei aqui uma pequena biografia, em homenagem à memória desse excelente mestre, amigo e ser humano.

Seu primeiro contato com a arte do Hapkido foi no início do ano 2000, quando foi convidado pelo professor Wilson Gouvêa a participar de um treino ao qual estava assistindo. O gosto foi imediato, e na aula seguinte já estava inaugurando seu recém-adquirido kimono, pois decidiu que se dedicaria por inteiro ao Hapkido.

Através dessa dedicação, conquistou suas graduações, sempre demonstrando ótimo preparo físico e nível técnico,

Já na faixa vermelha, foi campeão na categoria Defesa Pessoal no campeonato brasileiro realizado pela Liga Nacional de Hapkido em 2006. Esta foi a mais significativa de suas conquistas em torneios, dentre as tantas outras medalhas e premiações recebidas em sua jornada marcial.

Nessa fase, começou a dar aulas, em conjunto com o professor Kid. Essa parceria renderia muitos frutos, tanto em seus treinos como no ensino aos alunos.

Através dos ensinamentos dos mestres Guilherme de Jesus Cauzin, Charles Cauzin e do professor Wilson Gouvêa alcança, e juntamente com amigo e parceiro Euclides “Kid” Gomes, sua tão esperada faixa preta, no ano de 2007. E as responsabilidades que acompanham essa nova graduação não pesaram para esse motivado hapkidoísta.

Como professor, participou de diversos eventos levando seus alunos, os quais sempre saíram premiados, atestando também suas qualidades como professor.

Em 2010, presta exame para 2º Dan de faixa preta, dessa vez com mais alguns amigos de jornada, como os professores Euclides “Kid” Gomes, Rafael Barca e Wilson Gouvêa. Após este exame, e com a orientação do mestre Guilherme de Jesus Cauzin, participou da criação da Associação Jinsil de Hapkido, que trabalha para manter nossa linhagem de Hapkido em São Paulo, ensinando e realizando exames com os devidos critérios técnicos.

Durante os anos posteriores, novas graduações e conhecimentos foram adquiridos, como a massagem terapêutica, um das exigências do mestre Cauzin para que o praticante seja graduado como mestre. E esses conhecimentos o levaram a receber sua graduação de mestre faixa preta 5º Dan em Hapkido.

Trabalhou sempre com seriedade, ética, humildade e disposição, participando de diversos cursos e seminários de aprimoramento, de forma a melhorar suas qualidades e conhecimentos.

Um dito muito comum entre os mais antigos do Hapkido, ao amarrar a faixa na cintura do novo graduado, prega: “Honre esta faixa”. Mestre Diniz soube, como poucos, honrar todas as suas merecidas graduações. Seu corpo físico não mais estará presente, mas seus ensinamentos e suas virtudes ecoarão para sempre através das sementes que semeou.



Mestre Wilson Gouvêa

Entrevista com Mestre Ranulfo Amorim (1997)

 

 

 

 

Por volta de 1998, numa visita à antiga Academia Central na Av. Dr. Arnaldo, o Mestre Ranulfo Amorim Bezerra, sempre atencioso e carismático (além de muito técnico e ótimo boxeador) me presenteou com um exemplar da revista Oriente, a qual continha uma entrevista com ele.

O texto a seguir é a transcrição desta entrevista, muito rica e rara, numa época em que dependíamos somente da imprensa escrita para termos acesso à material do gênero. Infelizmente, meu exemplar foi extraviado, mas encontrei o texto em outro site para apresentar a vocês!

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Ranulfo

Mestre Ranulfo Amorim, 5º Dan à época, aplicando torção em seu filho Marcos “Kiko” Amorim, 3º Dan (I.M.)

MESTRE RANULFO, O QUE É O HAPKIDO?

Basicamente Hapkido é uma arte marcial muito completa que foi criada na Coréia. Ela possui técnicas que usam todas as distâncias possíveis de combate, do corpo-a-corpo à longa distância.

AS ARTES MARCIAS COREANAS TEM FAMA DE SEREM VIOLENTAS, ESPECIALMENTE O HAPKIDO. O QUE O SENHOR ACHA DISSO?

O Hapkido é uma arte marcial que veio da guerra, por isso suas técnicas são muito realistas. No entanto, temos uma filosofia de vida extremante profunda. Mas ao analisarmos o Hapkido, temos que analisar a cultura coreana. A Coréia foi um país invadido por diversas vezes desde sua formação, isso deixou uma herança muito militar e rígida. E assim é o treinamento com os Mestres coreanos. Isso tornou os combatentes coreanos e suas artes marciais muito eficientes e respeitados no mundo todo.
Mas no Ocidente as coisas não podem ser assim. Nossa cultura é diferente. Nosso povo não sabe o que é ter que aprender artes marciais para poder continuar vivo mais um dia. Assim o interesse é mais para o exercício, o controle mental , a preparação psicológica, a saúde.
Essa é a metodologia que ensino. O estudante possui uma programação gradual de técnicas até os níveis mais perigosos, ele estará completamente preparado para elas e não se machucará e nem machucará o seu companheiro.

DESSA FORMA NÃO SE PERDE A EFICIÊNCIA EM DEFESSA PESSOAL?

De modo algum! As técnicas ensinadas em nossa academia são as mesmas ensinadas na Coréia, com toda a sua eficiência. Apenas a metodologia é adaptada aos brasileiros. Assim todos podem treinar sem se machucar.

E OS TORNEIO DE VALE TUDO? UMA ARTE MARCIAL COMPLETA COMO O HAPKIDO NÃO SERIA MAIS EFICIENTE NUM TORNEIO DESSA NATUREZA?

Nossa filosofia não se dá bem com esse tipo de competição. Ir até lá e tentar “desmanchar” um oponente que não nos fez mal algum não faz parte da natureza de nosso Hapkido. Isso seria violência, e não autodefesa. Digo o “nosso” Hapkido porque existem muitos estilos e ramos diferentes dessa arte. No Brasil e na América Latina alguns praticantes tomam outro caminho, sem tomar conhecimento dessa filosofia, e partem para competições desse tipo. Portanto nosso estilo não admite a violência e sim um controle mental e técnico rígido.

COMO SE SUBDIVIDEM OS ESTILOS DE HAPKIDO E A QUAL O SENHOR PERTENCE?

Existem vários estilos na Coréia. Os mais freqüentes são o Jung Do Kwan, Hoi Jeon Môo Sool, Hapkire e Bum Mu Kwan. O nosso é o Jung do Kwan.

A SUA ARTE É MUITO COMPLEXA? O APRENDIZADO É MUITO DIFICIL?

Não é difícil. Apesar da variedade muito grande de técnicas, a didática é toda voltada para o praticante. Assim como a nossa arte, o seu aprendizado é muito flexível. Por exemplo, vamos mostrar o exame para uma faixa amarela, que é o primeiro que o aluno enfrenta.
Existe um repertório de 65 técnicas nesse nível, que se dividem em 10 técnicas de chutes, 20 torções e assim por diante. Mas não é exigido que o estudante saiba eficientemente as 65 técnicas completas. O próprio aluno vai selecionar 5 técnicas de chutes, 10 de torções e assim por diante. Essa seleção é feita em virtude das técnicas que ele mais gosta e se dá melhor. Dessa forma a sua eficiência é muito superior do que não se adapta. Assim o aluno que não executar bem todas os chutes, pode se concentrar no que ele faz melhor e se aperfeiçoar em torções, por exemplo. A arte se adapta a ele e não o contrário.

ISSO NÃO LIMITA O CONHECIMENTO DO PRATICANTE? E SE ELE SE TORNAR INSTRUTOR?

Não, não limita o aluno. Ele pode não ser eficiente numa determinada técnica, mas sabe como ela deve ser feita e pode transmitir isso. Veja o meu caso. Eu não tenho abertura total, o que todos acham que um Mestre de Hapkido deve ter. No entanto eu corrijo os chutes altos de meus alunos, porque eu sei como devem ser, mesmo que meu biótipo não permita que eu dê esses golpes com eficiência. Conheço bem as torções e pontos vitais e não sinto falta dos chutes altos. O importante é saber o que se deve ser bem feito. Assim eu adaptei o Hapkido para o MEU HAPKIDO, sem atrapalhar o ensino do sistema completo. Diz um ditado ”melhor uma faca que corte do que cem facas cegas”.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO “KI” NO HAPKIDO?

O KI é o que há de mais importante no praticante, é a sua energia. KI é vida. Manipulando as energias Yin e Yang você pode fazer qualquer coisa. O uso do KI só se torna mais específico próximo à faixa preta, porque não se trata de crença, mas de experimentar e sentir. O aluno iniciante não consegue sentir isso, pois está mais preocupado em fazer as técnicas corretamente, na postura corporal, etc. A partir da faixa preta o praticante começa a tomar contato com as terapias orientais, começando com os primeiros socorros e partindo para o Shiatsu, Do-In e eventualmente a Acupuntura.

EXISTEM REFERÊNCIAS DE QUE O FUDADOR DO HAPKIDO TREINOU TAMBÉM O DAITO RYU AIKIJUJUTSU COM MESTRE TAKEDA, MESMO MESTRE DO FUNDADOR DO AIKIDO, MORIHEI UESHIBA. EXISTE MUITA AFINIDADE ENTRE OS DOIS SISTEMAS?

Certamente! O Mestre Young Sool Choi, criador do Hapkido, foi aluno do Grande Mestre Sokaku Takeda. Nossas torções são muito similares às do Aikido, sendo que a posição de guarda e os deslocamentos são os mesmos. Inclusive nós convidamos professores de Aikido para visitar nossa academia e trocar técnicas e experiências. Temos um relacionamento muito bom com os praticantes dessa arte.

QUAIS AS ARMAS QUE O HAPKIDO UTILIZA?

Temos as mais diversa armas: espada, bastões de todos os tamanhos, faca, nunchaku, etc. Mas sempre utilizando como defesa e nunca como meio de agressão.

UMA DAS ARMAS DO HAPKIDO É A KATANA, ESPADA TIPICAMENTE JAPONESA. O HAPKIDO POSSUI MUITA INFLUÊNCIA JAPONESA?

Realmente a Katana foi introduzida pelos próprios japoneses (Samurais) quando os mesmos invadiram e dominaram a península coreana. Mesmo o uniforme de treinamento de nosso estilo é o Kimono branco, como os dos japoneses. Apesar do Hapkido ter nascido no Coréia, ele carrega uma ligação muito forte com o Japão. Visitei aldeias no norte da Coréia que usavam um uniforme com franjas, como os índios norte-americanos. Existem estilos de Hapkido que usam uniformes totalmente negro. Isso varia muito de estilo para estilo.

AS ARTES MARCIAIS COREANAS COMO O TAEKWONDO E TANG SOO DO DÃO MUITA IMPORTÂNCIA AOS CHUTES. COMO O HAPKIDO FAZ USO DAS PERNAS?

Nosso sistema usa os mesmo chutes do Taekwondo, mas de forma diferente. Temos movimentos mais complexos retos e traumáticos, destinados a um combate real, não-esportivo. O Hapkido usa muito as rasteiras e chutes baixos, ausentes no Taekwondo.

QUAL A FILOSOFIA DO HAPKIDO?

A filosofia de nosso estilo pode ser resumida no nosso lema: amar a pátria, não recuar um só passo na luta, ajudar os fracos e obter a confraternização mútua. Esse lema não deve ser levado apenas pelo lado marcial, mas se estender para a vida social do praticante. “Não recuar um só passo na luta” é importante em tudo o que fazemos. Não podemos desistir de nossos planos quando surge uma dificuldade qualquer. Devemos perseguir sempre em frente e vencer os obstáculos. Já “ajudar os fracos” é também ajudar aqueles que estão fracos de espírito a superarem as dificuldades no momento de tristeza. “Obter a confraternização mútua” é o supremo objetivo de todas as artes marciais: harmonizar-se com os outros e com o Universo.

EXISTEM KATÁS (FORMAS) NO HAPKIDO?

Em nosso estilo, até o segundo Dan apenas técnicas de aplicação de golpes. A partir daí temos formas (como os katas de Karatê), com armas e sem armas.

QUE BENEFÍCIO O PRATICANTE PODE TER DESSA ARTE?

O aluno desenvolve já no primeiro treino, começando a sua evolução no preparo físico, mental e no conhecimento técnico. Evoluindo sempre, passa a ter maior auto-conhecimeto de sua postura, maior domínio de sua energia e maior auto-confiança.

QUE MENSAGEM O SENHOR DARIA AOS PRATICANTES DE ARTES MARCIAIS?

Que procurem treinar a arte marcial que realmente gostem, mas sempre com um professor credenciado e reconhecido. Fuja das academias clandestinas que arriscam a sua saúde e querem apenas tomar seu dinheiro. Procure algo sério, profundo a arte ideal, a academia ideal, o professor ideal, ao invés de entrar na primeira que aparecer. Esse tempo qualquer que não vai lhe ensinar nada de proveitoso. Para ser respeitado, deve treinar com alguém respeitado.

 

Fonte: Blog Hapkido Sério, do amigo Renato Santos.

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO AOS AMIGOS DO HAPKIDO

NOTA DE ESCLARECIMENTO AOS AMIGOS DO HAPKIDO

Em uma conversa informal, fui questionado por um Mestre acerca dos acontecimentos recentes da organização à qual eu pertenço. Uma vez que esses acontecimentos geraram inclusive ataques à minha pessoa e minha honra, preparei esse documento para que sirva de esclarecimento geral, onde enfim ponho os devidos pingos nos “is”.

Eu, Wilson Gouvêa, faixa-preta 4º Dan de Hapkido, discípulo do mestre Guilherme de Jesus Cauzin desde 1991, da linhagem do Grão Mestre Park Sung Jae, venho esclarecer alguns fatos ocorridos recentemente dentro da entidade à qual estou vinculado, Associação Jinsil de Hapkido.
Esta associação foi criada conforme orientação de nosso mestre, quando um grupo formado por 5 faixas pretas alcançaram o 2º Dan, em exame realizado na cidade de Registro-SP. Entre nós, foi acordado trabalharmos em conjunto, sempre decidindo democraticamente nossas ações, através de votações internas.
Porém, ficamos sabendo do exame para faixa preta 1º Dan prestado pelo sr. J., que seria realizado pela Associação Jinsil de Hapkido. Até aí tudo normal (inclusive posteriormente, prestei meus parabéns ao recém graduado, que foi meu aluno até a faixa azul, sempre esforçado e merecedor), porém, um fato curioso que aconteceu foi que os mestres Kid, Diniz e eu, simplesmente NÃO FOMOS SEQUER CONVIDADOS para o evento executado pela nossa própria associação! Ou seja, o professor responsável pelo aluno, sr. ERIK DIAS FERREIRA, simplesmente DESPREZOU os demais colegas de trabalho, escondendo de nós o evento, pois não nos comunicou nem convidou para comparecer ao exame (que, conforme combinado, seria sempre avaliado pelos demais fundadores desta associação).
De acordo com os presentes, o mesmo disse que nos convidou, e que NÓS não pudemos ir ao evento. De imediato, esse professor prosseguiu no Facebook com a exclusão de amizade com os mestres Kid, Diniz e também comigo, o que comprova (além de ser um “recibo” que legitima sua má-fé) que fomos simplesmente QUEIMADOS neste evento e perante todos os demais presentes.
Ao questionar tal fato via internet, fui interpelado por uma pessoa próxima a ele, que em defesa argumentou grosseiramente e de forma inconsistente, alegando que estaríamos atrás do dinheiro do exame (?), dentre tantos outros absurdos, inclusive, com ataques verbais e ofensas à minha pessoa, “ordenando” ainda de forma arrogante “onde eu posso e não posso” treinar Hapkido! Até determinou que eu não devesse mais ir aos seminários com o GM Park Sung Jae, já que nós e nossa entidade estávamos queimados perante todos!!!
Absurdo!!! Lamentavelmente, a humildade morreu, e o EGO subiu à cabeça e dominou essas duas pessoas que outrora foram meus alunos!
Este fato do exame não foi a primeira grande decepção, sendo que após nos graduarmos 2º Dan e assumirmos entre nós o compromisso de treinarmos juntos com vistas ao 3º Dan, chegou ao nosso conhecimento que meses depois, houve uma viagem “escondida” até a cidade de Registro (180 km da capital, uma viagem que sempre foi cuidadosamente planejada para que todos pudessem ir), a fim de treinar com o nosso mestre, adiantando o “lado dele”, e mais uma vez, agindo sem transparência, lealdade, consideração e respeito para com os colegas diretores da Associação. Ao nosso mestre, justificou nossa ausência com a mesma resposta, “eles não puderam vir”, tirando a responsabilidade dele e nos colocando em situação desagradável.
Sempre tivemos uma relação de respeito e consideração por essa pessoa, sendo que sempre o consultamos para elaborar nossa agenda de exames, eventos, e etc., uma vez que sua escala de trabalho nos exige um certo critério para escolha de datas, porém, a reciprocidade para conosco NUNCA aconteceu, já que chegou a faltar em eventos em que ele mesmo decidiu a data.
Diversos outros fatos semelhantes ocorreram envolvendo esta pessoa, mas opto por não mencioná-los aqui, o que ocuparia muito tempo e espaço de todos com assuntos desagradáveis sobre uma pessoa que pensa apenas em si mesmo.
Importante frisar que essa pessoa FOI EXPULSA de nossa entidade por certos motivos, diferentemente do que ele anunciou, que saiu por opção própria, sendo essa outra mentira.
E a algumas mesmas pessoas que falaram pejorativamente sobre minha honra (curioso mencionarem isso, já que pelo próprio comportamento, aparentam que nunca a tiveram) e me atacam pelas costas, deixo à prova minha vida ilibada de 29 anos de artes marciais, sendo 24 anos dentro do Hapkido. Nunca precisei mentir, enganar, ou de quaisquer artifícios para chegar onde cheguei. E existem muitas pessoas que acompanharam a minha jornada e podem comprovar isso.
Prezamos pela honra, lealdade e verdade, e assim seguiremos nossa jornada dentro do Hapkido. Trabalhamos sempre com seriedade, e não com molecagem.
Escolhemos o nome JINSIL por significar VERDADE em coreano. Desta forma, não poderia a MENTIRA existir por muito tempo entre nós. A mentira não se sustenta por muito tempo, e uma hora as máscaras caem.
Quero deixar bem claro que não tenho nada contra a pessoa do sr. E.D.F. (o qual já foi meu aluno), porém, desaprovo suas atitudes perante nós, seus ex-colegas de treino, pela nossa Associação e pelo HAPKIDO em si, que prega a união e a harmonia.
Outrossim, coloco-me à disposição para esclarecimentos acerca dos fatos acima, e de quaisquer outros que possam vir a interessar.
Muito obrigado pela compreensão de todos.

Atenciosamente,

Mestre Wilson Gouvêa